Quem seria eu se não fossem as mulheres que vieram antes de mim?
Costumo olhar minha vida como uma série de desafios que tenho que enfrentar. Alguns eu conquisto, outras vezes quebro a cara. Levanto, sacudo a poeira e dou a volta por cima. Tenho orgulho dessa minha coragem de estar na vida. Mas não é um traço que surge do nada. Ele vem dessas mulheres que me construíram: minha mãe e minha avós.
Minha avó Amália saiu do sertão de Alagoas de pau-de-arara para apostar numa vida melhor na então capital federal, Rio de Janeiro. Trabalhou na indústria têxtil, depois casou-se com meu avô, outro migrante nordestino, e foi cuidar de 2 filhos e 1 sobrinho.
Minha avó Maria (carinhosamente chamada de Vó Bruxa) nasceu em Cantagalo, foi criada em Macuco e depois a família toda foi para Niterói. Ela foi funcionária da Secretaria de Agricultura e, para complementar o salário, retocava fotografias (era um verdadeiro Photoshop humano) e costurava para fora, inclusive lindos vestidos de noiva. Ambas vivendo com grandes dificuldades financeiras, mas sem deixar nunca a peteca cair e sem desistir de seus sonhos.
E minha mãe, Telma, que era mais do que o pai do Chris, porque tinha 3 empregos, e ainda dava conta de nos criar e orientar na vida. Sou muito agradecido a essas mulheres, porque o melhor de mim, o carinho e a disposição de trabalhar e conhecer, vem delas!
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